quinta-feira, 22 de maio de 2025

Aranha que tece teia vermelha fluorescente

Imagem meramente ilustrativa

Cientistas da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, realizaram um feito inédito ao modificar geneticamente aranhas da espécie Parasteatoda tepidariorum (aranha-doméstica-comum) para que produzissem teias vermelhas fluorescentes. Usando a ferramenta de edição genética CRISPR-Cas9, os pesquisadores inseriram um gene de proteína fluorescente vermelha diretamente nos ovos das aranhas.

O processo consistiu na microinjeção da solução contendo o CRISPR-Cas9 e a sequência do gene fluorescente antes da fertilização. Após o acasalamento, a prole das aranhas produziu teias que brilham em vermelho sob luz ultravioleta.

Essa experiência foi a primeira a demonstrar que é possível modificar geneticamente aranhas vivas para alterar as propriedades de sua seda. A seda de aranha é conhecida por ser extremamente resistente, leve e biodegradável, e agora, com a possibilidade de personalização genética, pode ser ajustada para fins específicos, como:

  • Engenharia de tecidos;

  • Materiais biomédicos;

  • Fibras ópticas e sensores.

Imagem meramente ilustrativa

Além do efeito visual impressionante, o estudo abre caminho para a produção de fibras com características feitas sob medida, combinando biotecnologia, ciência dos materiais e engenharia genética de forma inovadora.

Infelizmente, imagens específicas das aranhas Parasteatoda tepidariorum geneticamente modificadas produzindo teias vermelhas fluorescentes ainda não foram amplamente divulgadas ao público.

O artigo científico que detalha a pesquisa sobre a aranha Parasteatoda tepidariorum geneticamente modificada para produzir seda vermelha fluorescente foi publicado na revista Angewandte Chemie International Edition.

Você pode acessar o artigo completo através do seguinte link:

🔗 Spider Eye Development Editing and Silk Fiber Engineering Using CRISPR-Cas

Este estudo representa a primeira aplicação bem-sucedida da tecnologia CRISPR-Cas9 em aranhas, resultando na produção de seda com fluorescência vermelha. Além disso, os pesquisadores também realizaram experimentos de "knock-out" genético, desativando o gene sine oculis, essencial para o desenvolvimento dos olhos nas aranhas, o que levou ao nascimento de filhotes sem olhos.

Para mais informações e detalhes sobre a metodologia e os resultados, recomendo a leitura completa do artigo.



Fontes:

  1. Universidade de Bayreuth – Press release

  2. Phys.org – Gene-edited spiders

  3. Earth.com – Red silk from gene-edited spiders

  4. Visão – Exame Informática


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