A orquídea é capaz de produzir raízes longas e compridas que não necessariamente se encostam ou se enrolam no tronco da árvore devido a uma série de adaptações evolutivas específicas ao seu modo de vida epífito (ou seja, que vive sobre outras plantas, sem parasitá-las). Vamos analisar os principais fatores:
🌱 1. Função das raízes das orquídeas epífitas
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Fixação: Algumas raízes se prendem firmemente à casca da árvore, ancorando a planta.
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Absorção de umidade e nutrientes: Muitas raízes ficam soltas no ar para capturar a umidade da chuva, do orvalho ou da umidade do ar, além de nutrientes em suspensão.
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Respiração: Essas raízes também realizam trocas gasosas com o ambiente.
🌸2. Por que nem todas se encostam no tronco?
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Busca por umidade e luz: As raízes crescem em várias direções à procura das melhores condições. Se o ambiente estiver úmido o suficiente, não há necessidade de aderência constante ao tronco.
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Presença do velame: As raízes são envolvidas por uma camada esponjosa chamada velame, que absorve água rapidamente. Essa estrutura permite que raízes "aéreas" sobrevivam sem precisar estar coladas ao substrato.
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Crescimento indeterminado: As raízes crescem continuamente em direção a onde encontram melhores condições de sobrevivência. Se o ar ao redor é úmido e rico em nutrientes, elas simplesmente se expandem livremente.
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Evita competição e doenças: Ficar um pouco afastada da casca pode proteger a orquídea de fungos, pragas e excesso de acúmulo de água na superfície da árvore.
🌳 3. Relação com a árvore
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As orquídeas não são parasitas — elas usam a árvore apenas como suporte.
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Crescer com raízes soltas permite à planta maior liberdade para captar recursos do ambiente sem depender da árvore.
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